Getsemaní, Maio de 2016.
a:
não correr - nunca - atrás dos ônibus
torcer para o avião não chacoalhar
pedir café, suco de laranja, cavaca de milho
e pão na chapa
andar suave balançando-se pelas ruas empedradas de mil cidades e vilarejos
saber/lembrar que é de se voltar
atravessar uma cidade para conhecer uma árvore
abrir olhos e alma depois de uma enxaqueca à luminosidade do mar de Garopaba
subir ladeiras imaginando mais ladeiras e mais subidas
e mais mais mais
desenhar o perfil na luz do amanhecer
agradecer a chuva na noite de Getsemaní
o fervor pelo outro, pelo caminho do outro, pela descoberta do outro
misturar água com gás e suco de laranja
passar os olhos pela feira da Redenção uma e outra vez renascendo
cozinhar espaguete ao pesto e queijo grana padana
sonhar com um colchaozinho
caminhar sem perceber sem cansar sem argumentar mais de 10 km
pedir dois sucos de coco com limão no Manuê
dizer distraído doce doce
ser da tuna
pensar que há "tranqueira" / que alguém esta numa "função"
que tudo se renovaria sem cessar [como foi como será]
a melhor me conhecer
a melhor ser
a aparecer
na simplicidade de um gesto
de pele
de amanhecer
ser
[Julio escreve assim que lembra que pode e deve e tem e quer]
[Julio escreve assim que lembra que pode e deve e tem e quer]
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