Desmundâncias
Há qualquer coisa de tempo
No arregaçamento das coisas
Que é preciso ser gente
Para não ver
Aliás, gente só é gente
Porque não vê essas extravagâncias.
O rio que leva as coisas
Para uma espécie de luxúria de liberdades
É coisa para vesgos...
Ou para peixes.
Uma vez aconteceu em Rosa
De ter um riachinho
Que atordoou tanto as palavras
Que elas se desfizeram em formigas.
Lá onde o vento deságua em assobio
As curvas do mundo
Precipitam as desmundâncias.
Nenhum olhar com regências por trás
Chega lá.

Sérgio, que bom lhe seu texto aqui no Balsa das 10. Obrigado
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