27 junho 2016

Espelhos de uma feira - para bem se esconder

Edward Munch 

Tal como os espelhos que nos devolvem estranhamente largos ou compridos ou transparentes

A palavra eu diz a mais ou diz a menos. Não temos como não nos enganar. 

Assim como a morte acalma os males do corpo de certa maneira uma flor desenhada numa parede nos faz parar e respirar e sentir o absurdo das qualidades dos nomes das propriedades 

Tudo acaba em algodão doce 
Ou pé de moleque metafísico. 

Muito efetivo tudo para se esconder 
Na piscadela do fantasma faminto 
- aprendi isso com Kurosawa
Em 1987. Num cinema. E ele talvez 
Já tivesse morrido. 

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