Rachmaninoff era o nome do gato. A Mercedes tinha dado esse nome. Chamava também de Rachma. Eu ria. Não imaginava um gato pianista. Mas era. Quem sabe. Cajamarca era tão mágica.
Anos depois no ateliê do Seu Andrés Zevallos, pai dela e sogro enfim, escutávamos juntos o CD que eu trouxe de Lima. Um mimo. Gostava e gosto de presentear.
Concerto para piano número dois segundo movimento. Adágio sostenuto.
E eu nunca vou esquecer o pranto discreto do grande pintor.
Hoje mais de 27 anos depois eu ouço ele aqui perto do mar. Perto da paisagem alucinante das montanhas cariocas. E da lua do Buddha e do Oxalá.
E eu sou quem chora. Discreto. Sorrindo. Estou aqui e lá. O tempo e o espaço são um contínuo e eu estou com o pintor. Sempre. Como o adágio: eterno.
Bloc de Educação Popular em Saúde com foco em crônicas, contos e poesias. Reflete o dia a dia de trabalhadores do Sistema Único de Saúde e Saúde Pública e Coletiva. (cotidiano, saúdes, vidas, poéticas, sensibilidades, ternuras, raivas, gritos)
30 abril 2018
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