A gente acabou de limpar tudo e
deixar a varanda clarinha.....
Quem mandou ter bicho? Quem falou
que umas galinhas seriam boas ocupações para as crianças?
De verdade, em algumas horas quero
ter galináceos beeeem longe. Fogem do galinheiro do fundo do quintal e sujam a
varanda vinte mil vezes por dia.
E ainda tem gente aqui que quer
mais um bichinho! Já são galinhas e galo, Jabutis e cadelas velha e nova...
A varanda limpa é uma questão de
honra... e acho que para os animais é um
prazer fazer coco num espaço limpinho. A questão é como vamos reagir a esta
repetida função higiênica repetida e
repetida cotidianamente.
Passa pela minha cabeça que é uma
metáfora da vida atual... termos que
higienizar repetidamente... tudo, interna e externamente. Vai ser incorporado
como função automática ou vamos acabar desgastados por conta da irritação com
esta limpeza compulsória? Só espero que não abandonemos o hábito de arrumação e limpeza e passemos a
integrar um mundo de lixos inaproveitáveis naturalizando excrementos na
varanda, no quarto, e na cabeça.
Temos que este exagero atual crie
uma resistência em vez de uma
resiliência diante das sujeiras de todos os tipos de animais, humanos e não
humanos... Estamos no início de um novo ano civil ocidental.... entramos
escutando em nós apelos para sermos melhores com o Novo Ano, para fazermos
transformações a e acolhermos nossas limitações com carinho para que sejam o
aprendizado que necessitamos para evoluirmos... me fica a pergunta: quanto ainda
temos de criança sedenta e curiosa para estarmos abertos a novas experiências?
Quantas colagens seremos capazes de encarar neste ano de 2021?
Maria Lúcia Futuro
Mühlbauer
Escreve às segundas
feiras
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