CARNAVAL PRA DENTRO
Pandemia, cuidado com os outros e com os velhos da
casa, povo de risco? Bom, fosse qual fosse o motivo a decisão foi tomada. Vamos
nos divertir no quintal.
Por onde andariam as fantasias dos anos anteriores?
O tubarão e os seres do fundo do mar que povoaram as cabeças nos criativos chapéus
devem estar em algum caixa. Talvez estivessem junto com as cabeças de formiga
que num carnaval passado comeram os docinhos da toalha de picnic! Ou com os
adereços do caçador e da onça, ou com os aventais de cozinheiros ou com as
fantasias de dinossauro desenhadas para cada criança pela mãe/tia...
Muitos e muitos anos de criatividade nos temas e
nas fantasias, de boneca de papel a saco de lixo customizado nos dias de chuva,
de piscinão como fantasia coletiva (um grande tecido vestido pelos foliões, um
como pescador, outro como vendedor de picolé, outro vendendo mate, outro de
boia...) a formiga atômica. Os risos começavam na hora de inventar, costurar,
colar e distribuir os papéis... Claro que tinham as fantasias para os blocos
infantis e para os adultos o que não diminuía a diversão. E a cada ano algumas
novas apareciam e outras eram recicladas. Terminada a folia, encerrados os
blocos de rua... era lavar tudo e colocar nas caixas. Ah, e esperar ao novo
anos para recomeçar a inventar!
As caixas de fantasias foram abertas e adereços e
fantasias foram lavadas para serem usadas nos bloco do “Pularemos no quintal”.
De verdade a alegria que as coisas trouxeram só por estarem no varal já valeu o
carnaval.
Maria Lúcia Futuro
Mühlbauer
Escreve às segundas
feiras
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O que tem a dizer sobre essa postagem?