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31 março 2019

LILI NO CANTO LUNAR


Canto Lunar. Imagem capturada no Google, 2019.
Estela Márcia Rondina Scandola

O sonho tinha desconcertado Lili,
Nuvens em sonho eram mortes
Lembrou-se que não queria mais a intuição
Ela aumentava a aflição

Minha lua navega serena
Vai de ipanema ao céu do irã.
Para ela a moda não é tudo a guerra
Não duvida o dia de amanhã.
Levantou-se zonza para o velório
O fúnebre era o afeto de um afeto, não era o seu ainda
Banhou-se de luz, respirou calma e teimosa
Lembrou-se de enviar azuis para os afetos

Minha lua corre apaixonada
E a passarada segue o seu corcel.
Oh lua, oh lua rainha
Oh a lua é minha, é de quem quiser
Entrou firme e abraçou os afetos
Entre tantas gentes eram poucos
Nutriu-se de luz e foi ao corpo
Emitiu luzes e viu a calma no entorno.
Oh a lua, a lua é das princesas
E com mais certeza será dos garis,
Dos cantores, dos trabalhadores
Será dos atores quando a noite cair.

Cheia de calma e luz foi ao pasillo de flores
Coroas desfilavam com amarelo mandando
Lembrou-se da mãe na urna e o cheiro nauseou
E, ao levantar os olhos buscando saída o encontrou


E será também dos prisioneiros,
Será dos canteiros e do chafariz
Oh lua, a lua da cidade,
Da humanidade e de quem quiser.
Ele era de sua data
De outra época em que se sonhava
Vinha leve, vívido e em afagos
E o riso ímã fez o encontro das luzes

Minha lua corre apaixonada
E a passarada segue seu corcel.
Oh lua, oh lua rainha,
Oh a lua é minha é de quem quiser.

Abriu os abraços e se encontraram em braços
Suas vidas todas mudadas em feitos e desfeitos
Riram de dores, choraram de alegrias. Todas e em cada uma
Das informações dela ele as tinha; as dele nenhuma

Oh a lua, a lua é das princesas
E com mais certeza será dos garis,
Dos cantores, dos trabalhadores,
Será dos atores quando a noite cair.
No check list atual começaram pelas paixões: os dois intensos
Nas profissões: ela apaixonada e ele disperso
Nos casamentos, nenhum dos dois
Perguntaram da política: ele Bolso e ela Boulos.

E será também dos prisioneiros,
Será dos canteiros e do chafariz.
Oh lua, a lua é da cidade
Da humanidade e de quem quiser.
O caixão foi descendo com centenas de flores
Trocaram o telefone e ele chorava, tinha afeto
Ele: Eu sou ateu. Acabou, acabou. Você ainda reza, ouve tarancón¿
Ela: Eu medito, respiro e ouço tarancón.
Ele: Mas você continua comunista¿
Ela: Cada vez mais... (pensou e não falou:Você desistiu¿ )

Abraçaram abraços abraçados.

Ela lembrou-se da dor e delícia da amorosidade
O quanto o corpo pede uma fogueira,
E a alma pede uma lua cheia



[Estela Márcia Rondina Scandola é uma convidada. Convidados publicam Rua balsa das 10 aos domingos]

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