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15 abril 2016

POLITÍCAS PÚBLICAS NA PERIFERIA DE MANAUS

Ernande Valentin do Prado


        Nos últimos quatro anos tenho ido a Manaus ao menos uma vez por ano, com exceção de uma, todas as outras, hospedei-me em um hotel no distrito industrial. Desta vez (abril de 2016), saí para dar uma volta no em torno. Fotografei algumas situações de descaso com o cidadão, sobretudo por ser da periferia, outras nem cheguei a fotografar.
        O que vi, neste olhar em especial, não é nada que demande grandes recursos financeiros, mas olhar atento, vontade política, disposição, consideração com o cidadão, com o eleitor que confiou que o prefeito, os vereadores poderiam lhe representar, coisa que efetivamente não podem, não querem fazer e não fazem, segundo as próprias palavras do atual prefeito, conhecido nacionalmente quando era senador e acusava o governo federal de corruptos e incapaz, acusações que agora caem sobre ele (sobre a corrução, não sei se é verdade), mas incapaz e incompetente (é o mínimo que as imagens mostram).
        As fotos são simples, de coisas simples, muito fáceis de corrigir, se houvesse vontade. Um eleitor do atual prefeito poderia dizer que elas não provam incompetência, diante da complexidade que é administrar uma cidade ou diante dos graves problemas que devem se enfrentar todos os dias em uma megacidade de dois milhões de habitantes. Concordo com a segunda parte do argumento, mas se não consegue manter uma rua sem buraco, um bueiro fechado (que qualquer um vai concordar) é coisa muito simples, como vai administrar o setor saúde (que é de uma complexidade inacreditável)?
        Poderia aqui mostrar fotos de Unidades de Saúde nas periferias de Manaus (as famosas casinhas) que são indignas de serem chamadas de Unidade de qualquer coisa, quanto mais de saúde. São lugares onde tem que entrar primeiro o profissional, depois ele sai e entra o usuário, pois não cabe os dois ao mesmo tempo. São estruturas que, se não fossem a carência da população (tão abandonada, não importa a cor da administração pública) seria humilhante. Mas não estou nem falando disso, que parece estar além da vontade e da capacidade do gestor municipal, estou falando de coisas mais simples, como mostram as fotos:











Todas as fotos foram feitas em abril de 2016 em um limite de 40 minutos.
  [Ernande Valentin do Prado publica na Rua Balsa das 10 às 6tas-feiras]

26 fevereiro 2016

POLITÍCAS PÚBLICAS NA PERIFERIA

Ernande Valentin do Prado

Tenho uma amiga que diz que a bagunça interessa a todos, não apenas aos gestores das políticas públicas, aos servidores do estado, mas também ao indivíduo que precisa que os serviços funcionem e sejam equitativos. Ninguém está isento de responsabilidade pela situação em que se encontram as periferias, todos temos responsabilidades, alguns mais, outros menos, mas todos temos.
Viver em sociedade é conviver com o outro, com o jeito do outro, com as preferências do outro, as disposições. Como a ética, o amor ao próximo, ao menos para maioria das pessoas, só faz sentido dentro de determinados e estreitos círculos (cada vez menores), entre pessoas que mais ou menos comungam dos mesmos “interesses”, entre congregados da mesma igreja, torcedores de um mesmo time, eleitores de um mesmo candidato (e olhe lá), são precisas leis, normas de convivência que determinam (ou deveriam) o que pode e o que não pode. Autoritarismo? Não sei, parece mais uma questão de autoridade, de respeito com o outro, com normas de convivências, mas como o nosso estado não tem legitimidade nenhuma (quem pode mais faz chorar mais), parece autoritarismo esperar que regras básicas de convivência sejam cumpridas (principalmente porque alguns estão isentos de cumprir).
Também é fato que o estado é pensado para beneficiar quem nele manda, por isso quando mais abastado o território, mas há a presenta do estado (ou é o contrário?). Daí a periferia ficar abandonada, com um mínimo de serviços e uma presença quase inexistente da autoridade que ordenaria a convivência entre estranhos (já que não vale simplesmente a rega do amor e do respeito ao próximo).
Mas já falei demais, o que quero é mostrar...
Essas fotos foram feitas em um único dia, num raio de mais ou menos seis quilômetros em torno de minha casa, no Bairro Mangabeira, em João Pessoa. Se por acaso alguma foto não estiver tão nitida, faz parte do ensaio. Uma das regras que me impus foi fotografar de cima da bicicleta (em movimentos) pelas ciclovias do bairro.





















































[Ernande Valentin do Prado publica na Rua Balsa das 10 às 6tas-feiras]

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