Maria Lúcia
Futuro Mühlbauer
A dúvida
sempre foi se a loucura era anterior ou posterior à maternidade.
Como ao
casar havia um bebê que seria nosso logo após, e ele não veio, o nosso
inconsciente chamou nossos corpos na chincha e engravidamos mais ou menos na
época que seria o nascimento deste bebê...
Daí para diante
o pessoal do camping, que frequentamos muito, olhava para nossa barraca com
sorrisos: ou eu estava barriguda ou havia um bebê no meio das tralhas. E foram
uns 10 anos assim... com barrigas e bebês. E claro que com o tempo e já sem
bebês, eram tropas de crianças que iam acampar conosco, e foram anos felizes e
loucos, muita comida, muita roupa, muita gente pra cuidar, sempre com muita
gente entrando e saindo das barracas, da nossa casa e a verdade é que até
hoje nossos 5 filhos e seu muitos amigos entram e saem desta casa de “alta
rotatividade”.
Embora nem
sempre saiam tão rapidamente assim, por duas vezes uns amigos que passariam uns
15 dias no máximo ficaram um pouco mais... uns 8 meses e pouquinho mais ou
menos ... mas a fila anda... Prova disto foram as olimpíadas 2016...
hospedamos 3 colombianas, 2 argentinos, 1 catarinense, 1 fijiana e foi até bom
que o americano, o outro fijiano e os outros colombianos (acho que eram 4) não
apareceram.
E como nem
só de gente a casa vive, volta e meia recebemos uns hóspedes de 4 patas para
variar... aí, posso dizer que é loucura! E meu ”eu mais interno”, no fundo,
levanta mil questionamentos acerca da minha sanidade.
[convidados
escrevem no Rua Balsa das 10 aos sábados e domingos]