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Imagem capturada na internet, 2018. |
Maria Lúcia
Futuro Mühlbauer
Estávamos
jantando quando soou o telefone. Meu marido atendeu, e só ouvi ele dizendo: Luvas
cirúrgicas ou de limpeza? Tenho uma grossa de pano que tem uns carocinhos.
Pode, pode molhar. Então me dá um tempinho e eu desço até a sua casa.
Acabamos de
comer e lá se foi meu marido com as luvas ladeira abaixo.
Fiquei
esperando para saber do acontecido. Uma hora depois: volta o marido com cara de
quem comeu e não gostou. Mas eu vi logo que ali tinha coisa. Disse que ao
chegar o Zé estava de pijama e robe na porta e foi se encaminhando com ele para
o lavabo. Foi andando e falando: eu estava vendo TV e tomando um vinho quando
resolvi fazer xixi. Vim aqui e levantei a tampa do vaso sanitário e... dei de
cara com isto, rapaz!!!! Nisto abriu o vaso e completou: um jacaré! Realmente,
lá estava, exausto, um lagartão!
Como este
jacaré veio parar aqui? Ele ficava repetindo. Por mais que meu marido
respondesse que devia ter vindo pela tubulação de esgoto e não conseguia sair
do vaso, ele desconfiava. O lagarto... este quase nem se mexia, o coitado!
Cutucaram com uma pá de lixo e depois o levantaram até a borda do vaso
sanitário. Numa rapidez surpreendente para quem estava exausto ele
pulou para fora assustando a “platéia” (a mulher e o sobrinho do Zé, que
de camisola e calça de pijamas estavam na porta) gritou, todo mundo pulou e
correu e o pobre lagarto foi agarrado pela calda, devidamente empacotado e
levado para um terreno baldio da esquina.
Fim da
história do jacaré? Não, desde então, em uma semana, já apareceram mais dois
lagartos no vasos sanitários da casa e voltaram por onde vieram com uma
ducha de descarga..... acho que entre lagartos “jacarés” deve ser algum
tipo de prova de resistência ou um jogo ou uma competição besta de
coragem... Vamos ver que chega do outro lado!!!!!
[convidados
escrevem no Rua Balsa das 10 aos sábados e domingos]