[á chuva de Natal, grato]
escada
um vento
curva infinita
universo que assopra
corpo de corpo
devastação na ausência
génese na presença
mulher em corpo e em sentidos
calor suave de pele escura
tremor invisível de pingo d'água
corpo de ti espaço aberto
vastidão que renova esperanças
corpo que dorme e transluce o sonho
lábio levemente sorriso
rosto finamente eternidade
corpo que diz
que prenuncia oásis
manancial de água fresca
moringa espeto carne mordida desejo
corpo de mulher
translúcido e matéria densa
corpo
que aprendi em tempo hábil
que acalanto como horizonte
corpo vivo que acorda boceja soa
ressoa
beija todo ele corpo
sem fim
in-finito.
beija todo ele corpo
sem fim
in-finito.
Ponta Negra, Natal, Abril 30 de 2017.
[JWU publica no rb10 às 2as]
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