07 maio 2018

Sinais e lábios de memórias [Julio Wong Un]




Frágil é o presente da memória
Carne que vira lembrança
Saliva que seca na pele no fim de tarde na orla

O ser que se abre do mundo
Se desprende
Retira a casca saudoso
Transforma aquilo que desapareceu
Em beijo provável.

Mais uma vez.

Instante é o tempo dos amores
Que sempre fogem esfriam gelam requebram
Renascem. Singelos e eternos.
O ciclo da vida.
Piscar o lábio do passado no presente.

Quem sabe um dia
Outra vida outros lábios outro instante
Navegava em lábios
Me perdia em sinais

Fui sou serei abraço e despedida
Renascer de areia
Partida reversa

Descanso enfim até a volta do sol
Hoje navego nos teus sinais e nos teus lábios
Hoje a alma está plena de cor colorida.


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