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Foto: Marcelo Santos |
Roubaram meu sonho
Não consigo encontrar
Mas encontro a conta do gás
A conta porque gás mesmo
não chega, voltamos a queimar carvão.
Brasil, roubaram meu sonho, e
marcham pelas ruas
Confusos entre greves
Pedem “intervenção militar”
Roubaram meu sonho
Que até me esqueço
Que quero uma casa no campo
Enquanto sou espremida
Pelos ponteiros da gasolina
Mas que não impediu
De abastecer o combustível da ambulância
E repassar os galões escondidos
Para outros carros
Só os políticos são corruptos
Ah meu Brasil!
É fácil falar de acordo da Petrobras
Lava jato, corr(opção)
Mas quem tem dinheiro
Não tem desespero.
Já dizia a mulher pobre
Que não consegue comprar pão.
Roubaram meu sonho
Enquanto o leite escorre
E se mistura com a lama
No interior
Enquanto as aves morrem
E o "Brasil é o celeiro do mundo"
Os impostos virão da educação
Do SUS, do cidadão
Mas do bolsa paletó, do patrão
Do diesel, esses estão.
Não tem caminhão
nem caminhoneiro
Nem acordo
Para levar o leite e as lágrimas
Dos agricultores
Porque a conta chega, meu Brasil
No final ou no começo do mês
A conta chega.
Abraços que pousam,
Mayara Floss
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