De que maneira nos recolhemos?
De que maneira o corpo se apaga?
De que maneira o mar nos erosiona a alma?
Umidades repetições maresias
De tempos em tempos as pontes liberam
Uma moça de vermelho no meio do frio abre o sorriso
E lembra o abraço do Amor esse instante dentro de tudo
No final da hora de 6 já fizemos tanta coisa
Ganhei um beijo na bochecha uma visão de seres sumindo na névoa
Escolhi os objetos da mochila
A roupa vermelha para aquele sorriso fantasma
Subi no navio enorme que chacoalha e invade a Avenida Brasil
De que maneira estou mais presente?
Escuto o mundo sinto sua música sinto um corpo ausente e impossível me cobrindo
Mas isso tudo pelo fato positivista de ser segunda-feira
De ter jogo
De ter companhia em casa
De ausentarme de mim mesmo e do passado
Tão somente hoje
Como no reiki ou nos grandes amores
E escrever no balanço do ônibus em penumbra.
Hoje fui do mar um instante e sem me molhar.
Estou nublado mas brilho.
Estou nublado mas brilho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O que tem a dizer sobre essa postagem?