Maria Amélia Mano
No tengo ya raíces,
he volado
de oro en oro,
de pluma a polen
sin saber volar,
con alas espaciosas
lentas
sobre
la impaciencia.
Pablo Neruda
Perdão, Neruda!
Pra voar é preciso enraizar
Pra resistir ao desencanto e ao desespero
Pra aprender a incendiar palha molhada
Pra fazer origami de papel craft
Pra transformar dor em sabedoria
Pra perdoar e seguir desejando
Pra fazer árvore de natal de cacto
Pra ver lua em noite de dia cinza
Pra aprender paciência na pressa e na urgência
Pra se emocionar com o que se tem todos os dias:
Um copo de água pra aliviar raiva
Um abraço pra culpa antiga
Uma palavra pra significar todo um tempo e mundo
O universo em uma sopa de ervilha partilhada
Um sorriso oásis no meio do nada
Massagem nos pés na quarta
Andar descalça no sábado
Beijo roubado nos sinais, nas esquinas
Escrita de poema enquanto caminha
E o retorno de todas as alegrias e esperanças do mundo.
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