Maria Amélia Mano
Já se
foram 18 anos.
Já
veio tanta história, tanta água e tanto fogo. Tanto fogo.
Onde
estará a menininha do barco que me atravessava pelo Igarapé, indo, vindo, sem
nunca nada pedir?
Onde
estará a menininha das águas que se encolhia na chuva, que nada dizia, indo,
vindo, sem nunca brincar?
Onde
estará a menininha das florestas que remava sozinha, que entendia da natureza,
indo, vindo, sem nunca sorrir?
Já se
foram 18 anos.
Já
veio tanta história, tanta água e tanto fogo. Tanto fogo.
Eu
fui, eu voltei e hoje, mais do que nunca, penso nesse barco, nesse igarapé, nessa chuva, nesse remo, nessa floresta, nessa menininha que nem sei o
nome e que nunca vi pedir, brincar, sorrir.
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