Maria
Lúcia Futuro Mühlbauer
Deu de refletir, o que nem era o
hábito... e percebeu que as coisas eram
fluidas...
“O tempo passa transformando a
vida...
Tudo é. É fora do controle mesmo que
eu não suspeite ou que não aceite...
E é ridículo me sentir traída se não
há controle nesta vida!
E ser traída é saber então que eu
inventei uma ilusão.
Nem adianta conversar com quem está
de fora... nem querer que outro entenda o que não vê.. é resolver por mm ou
cair fora se não sei viver assim!”
E então parou de se olhar no espelho
e conversar consigo e foi trabalhar.
E no outro dia foi visitar a prima
que tinha um lindo jardim. E tentou falar da ebulição de ideias diante do
espelho. Começou tomando um café na varanda, numa xicara minúscula. Pegou um
pãozinho... mastigou os naquinhos e saiu para o jardim onde colheu flores.
Pareceu completamente descabido conversar sobre coisas existenciais diante das flores tão
lindas que nem tinham questionamentos sobre controle e nem marcavam seu
desabrochar. Ficou ali, com as flores e acabou se entregando ã brisa.
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