Foto de Alan do Carmo
TINHA MEDOTinha um medo horrível de ter que enfrentar. Confrontos, enfrentamentos sempre foram difíceis de lidar. Acabavam sem negociação nem flexibilidade. Sempre rompimento era o resultado. A aprendizagem nunca que se cumpria!
Agora, estar frente a frente com uma situação em que nem via nem conhecia o que era preciso enfrentar... pirava: de insegurança e de medo!
Rezou, tentou rezar pelo menos, pedindo calma e luz, pediu orientação, apoio, tentou fazer jejum, depois comeu ervas amargas, falaram de uma terapia comunitária, mas sem encontrar os outros...? Partiu para um curso de meditação. Parecia que o medo a deixava sem respirar. Pronto! Peguei o vírus! Então, diante do inexorável.. abriu a guarda, entregou os pontos, se entregou.
Nenhum controle, nada a fazer...
Dai melhorou a respiração, sentiu que tinha forçar, que podia desfrutar de pequenas coisas como caminhar e comer, sentir o cheiro das flores do vasinho da janela, percebeu que estava viva! E isto importava mais que enfrentar qualquer coisa. Sozinha numa quarentena, mas viva e podendo aproveitar cada dia.. aos 77 anos!
Maria Lúcia Futuro Mühlbauer
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