
REGISTROS DA PANDEMIA
Quadro I- Conversa com um primo na casa dos 60
anos... medroso, se retirou de tudo MAS não usa máscara para nada pois
considera que é tolice, em 11 meses consumiu cerca de 130 garrafas de vinho.
Quadro II- Ajuntamento no Natal, com festa mascarada
e mesas isoladas na casa aberta e ventilada com direito comida numa mesa com
álcool gel nas mãos antes de se servirem. Passados 12 dias todos mantiveram sua
saúde sem manifestações de vírus como era temido.
Quadro III- Senhorinha de quase noventa, independente
e lúcida, saindo para Pilates, Dentista, e dar umas voltas com amiga... sem
máscaras as duas, sem pudor de dizer que se tiver que pegar pegou, pois a
máscara é muito incômoda... como seria se precisasse usar um tubo de
respirador?
Quadro IV- Família que tem trabalho presencial e
filho pequeno, a nóia dos álcoois 70, lavagens de roupa, banho antes de entrar
em casa, máscara no trabalho o dia todo, mas o esforço de não serem
transmissores, e ao mesmo tempo darem espaço físico para a criança correr nas
areias da praia e nos caminhos de parques.
Quadro V- Casal com filhos se mudando para casa
aberta em cidade menos que a capital, trabalho remoto de um, desemprego de
outro, horta, galinhas poedeiras, feira
orgânica na porta...
Quadro VI- Casal
com filhos pequenos no apartamento, mãe da área da saúde que volta do plantão e entra em casa pela área
de serviço ... nua! Antes de amamentar o caçula precisa passar pelo banho
ouvindo a criança chorar e o pai restringir os maiores e consolar o pequeno até “chegar”
mesmo.
Quadro VII- registro gráfico de vírus grandão e da
bactéria de pernas longas feito por criança de 4 anos.
Maria
Lúcia Futuro Mühlbauer
Escreve às segundas
feiras
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