Os meninos se juntaram para pescar na beira da lagoa. Um riachinho que cortava o mangue, algumas árvores que chamaram de floresta e umas varas de bambu. Tarde feliz molhando isca, que pescar mesmo... Depois de muitas picadas de mosquito, uma garrafa com 2 barrigudinhos mínimos e um girino, resolveram voltar pra casa. No caminho de volta “ se perderam” caminhando em outra direção, em outra trilha e deram de cara com um boi de chifres “enormes” segundo eles. Voltaram andando de costas, beeeem devagarinho para não serem muito notados e acabaram dando com a cabeça num galho mais baixo. Tropeço daqui, apoia dali e enfiaram as botas no mangue a ponto de ficarem atolado. O jeito foi gritar para o pai que estava afastado esperando na beira da estrada.
Salvos da lama, imundos e tendo perdido os barrigudinhos e o girino que estavam no baldinho.. tiveram que tirar botas e roupas para entrar no carro. E foi aí que viram que dentro de uma das botas tinha um passarinho enlameado. Parecia ser bem novinho, poucas penas, olhos saltados. Esqueceram os peixinhos e o girino e se puseram a tentar salvar o passarinho.
Pena que a gente cresce e esquece que temos este instinto de proteção da vida dos mais fracos. Mesmo que por outro lado ir pescar seja um ataque à vida de seres inocentes ...
Maria Lúcia Futuro
Mühlbauer
Escreve às segundas feiras
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