Bloc de Educação Popular em Saúde com foco em crônicas, contos e poesias. Reflete o dia a dia de trabalhadores do Sistema Único de Saúde e Saúde Pública e Coletiva.
(cotidiano, saúdes, vidas, poéticas, sensibilidades, ternuras, raivas, gritos)
Nós pensamos na flor nascendo do asfalto para este próximo hangout. “A flor e a náusea” de Carlos Drummond de Andrade nos inspirou para este próximo tema que será “O improvável”, vamos falar das Coisas maravilhosas que acontecem em contextos difíceis.
O link ficará disponível aproximadamente 15 minutos antes de começar o hangout aqui no blog e na página do facebook, então fiquem "de olho" para não perder o nosso próximo hangout. Quem ainda não assistiu o primeiro pode clicar aqui ou assistir o podcast editado clicando aqui.
“Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego. Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu.”
Uma
das coisas gostosas que descobri em fazer um hangout é poder ouvir a voz das
pessoas. Aquilo que nem sempre dá para sentir tão claramente em um texto. Os
nossos sotaques, a forma de falar de cada um: um peruano com sotaque carioca, um
mineiro com cara de paraibano, um paranaense que vive na Bahia e, eu, uma catarinense que
parece gaúcha (e a Amélia que não pode participar que é uma cearense que
mora no sul). Eu tentei fazer para esse hangout uma abertura, que mostrasse um
pouquinho do que era a “Rua Balsa das 10”, numa linguagem um pouco diferente
das palavras. Quem quiser pode conferir no youtube:
Mas
acabou que esse vídeo não conseguiu aparecer no ar antes de começar a
transmissão. Logo no começo do hangout fiquei um pouco apreensiva e a minha
tendência de tentar manter as coisas organizadas com uma pauta, certamente
atrapalharam o andamento, principalmente do começo. Principalmente porque a ideia era uma conversa entre amigos, e não uma videoconferência, mas acredito que depois fluiu melhor. Mas foi
interessante perceber cada um falando da sua casa, o Ernande que falando de
Dias D’Ávila - BA; o Júlio falando do Rio de Janeiro - RJ; o Eymard falando de
João Pessoa - PB e eu falando de Rio Grande - RS.
Localização dos Balseiros enquanto acontecia o Hangout
Parece
que estávamos pertinho mesmo tendo mais ou menos 7357 km (pelo googlemaps) nos
dividindo (no caso eu que estou em uma ponta do Brasil e o Eymard que está
praticamente na outra). Foi legal podermos ter uma conversa “ao vivo” sobre a
Rua Balsa das 10, porque para embarcar na balsa, confiamos um no outro e fomos
construindo o trajeto da balsa. Muitas vezes sem conversar sem trocar olhares, porém:
em meio a palavras, imagens, educação popular e amizade. Dialogando sem som,
mas com voz.
É interessante, para mim, pensar que cada um
está em um ponto do seu trajeto da Educação Popular, e podermos conversar livremente sobre
a Balsa e sobre tudo o que cabe dentro dela. A Rua Balsa das 10 como o Júlio falou do “respeito e admiração mútua” que nos envolve e
embala neste mar e caminho da balsa, e "apesar de estarmos na água, estamos
voando" – como falou a Amélia. Quando tiverem mais espectadores online,os questionamentos e a possibilidade da transmissão ao vivo irá dinamizar mais os hangouts. Acredito que para um primeiro Hangout o conteúdo já foi muito interessante, mesmo tendo as questões organizacionais envolvidas. Quem quiser assistir segue aqui o 1º Hangout da Rua Balsa das 10 (sem edições):
E aqui está a versão editada que o Ernande construiu apenas com o som do hangout, a produção tem até trilha sonora. Além de demorar apenas 40min e não 1h30min como o hangout. Ficou muito legal, com o tempo vamos aperfeiçoando mais.