Um pouco da Maria Amélia Mano e do dia de hoje.
A partida que não foi. A mãe que abraça o repórter. A vaia
que não se sucede. As reportagens engasgadas. O jornalismo que não acontece,
que não se endurece. O time adversário que acolhe. Os inúmeros ícones, cores, bandeiras,
que cobrem corações humanos. As torcidas que são pessoas. Grandes imagens, pequeno
estádio, pequena cidade, pequeno interior. Da mulher que cuidou das flores, com
carinho. O jornalista que agradece o abraço, sem reportagem. As quebras sem fim dos protocolos. Do eco da
torcida do time rival. Um dia cinza, de jogo bom de chuva, de eterno sucesso. E
uma bola que não rolou. O título simbólico, que transcende o apito do juiz. Além
do campo, da arquibancada, de filhos novos, e filhos perdidos – mais do que 11.
Da arena repleta de torcida sem jogo. Dos pequenos gestos que pervertem o mundo
dos “grandes”, os grandes do futebol, da política. Os balões que não voaram. As
pequenices que são humanas.
03.12.16
Mayara Floss