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07 dezembro 2016

Luto verde

A borboleta no estádio
O despertador acorda confuso às 4:30 da manhã. Levanto agitada, desligo o modo avião do celular, do meu lado já diz: “caiu o avião com o time da Chapecoense”. Não entendo a informação, não processo, não acredito. Ligo a rádio Colombiana e acompanho resgate por resgate. Segundo por segundo. Amigo por amigo escrevendo que está bem no Facebook, que não embarcou neste avião, começa a correr uma lágrima por dentro. Procuro a camiseta da Chape, aviso a família que ainda dorme, penso na minha irmã que estava procurando passagens para ir para Curitiba na final, “vou a pé”. Lembro ainda quando a Chape estava na série D eu e meu pai assistindo na arquibancada no sol o meu primeiro jogo. Nada é muito digesto, nada dá muita fome. Fica um nada enlutado. As notícias perdeu o pai, o irmão, o namorado, o tio, o amigo. Somos mais do que 11, a cidade vive, luta, luto. Não é só futebol, é gente, é verde, é verdão.

30/11/16
Mayara Floss

04 dezembro 2016

Pequenices




Um pouco da Maria Amélia Mano e do dia de hoje. 



A partida que não foi. A mãe que abraça o repórter. A vaia que não se sucede. As reportagens engasgadas. O jornalismo que não acontece, que não se endurece. O time adversário que acolhe. Os inúmeros ícones, cores, bandeiras, que cobrem corações humanos. As torcidas que são pessoas. Grandes imagens, pequeno estádio, pequena cidade, pequeno interior. Da mulher que cuidou das flores, com carinho. O jornalista que agradece o abraço, sem reportagem.  As quebras sem fim dos protocolos. Do eco da torcida do time rival. Um dia cinza, de jogo bom de chuva, de eterno sucesso. E uma bola que não rolou. O título simbólico, que transcende o apito do juiz. Além do campo, da arquibancada, de filhos novos, e filhos perdidos – mais do que 11. Da arena repleta de torcida sem jogo. Dos pequenos gestos que pervertem o mundo dos “grandes”, os grandes do futebol, da política. Os balões que não voaram. As pequenices que são humanas.


03.12.16
Mayara Floss

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