Para o amigo Ernande,
que a cada dia diz mais na escrita.
É um presente da vida ser servido pelo Valmir. Faz dez anos. Aqui no Caçador, restaurante perto de casa que não gosto mais. Frequento por obrigação, cansaço. Ou quando vejo o Valmir, pequenino, cabelo branco, cansado e sério. Dai me animo e sento numa das mesas desse lugar barulhento e peço um chopp - hoje aguado - e qualquer petisco, um brotinho de pizza talvez.
Hoje senti ele mais cansado, mais magro, mais sombra. Dei um tapinha no ombro: e ai Valmir? emagreceu? ele me olhou cansado mas sorriu. Não, disse. É a vida.
É Valmir, envelhecemos juntos.
E deu vontade de abraçar esse senhor que em poucos anos aposentará ou partirá para novos rumos e destinos e sempre foi bondoso, discreto, amável.
[JWU publica no RB10 às 2as]
Hoje senti ele mais cansado, mais magro, mais sombra. Dei um tapinha no ombro: e ai Valmir? emagreceu? ele me olhou cansado mas sorriu. Não, disse. É a vida.
É Valmir, envelhecemos juntos.
E deu vontade de abraçar esse senhor que em poucos anos aposentará ou partirá para novos rumos e destinos e sempre foi bondoso, discreto, amável.
[JWU publica no RB10 às 2as]
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