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Maria Lúcia
Futuro Mühlbauer
Ora, já havia completado 6 anos! Ia aprender
a ler logo, trocar dentes e se vestir totalmente sozinho. Bateu uma imensa
preocupação: com seria depois? Já tinha primo e irmão, muitos amigos de escola
e parquinho, e acabaram de contar da chegada, em breve, de uma bebê na
família...
Como ia ser depois? Bebês dão
muuuuito trabalho!
Sentou pensativo por dois minutos
(que mais que isto é demasiado) e encasquetou que ia ser difícil este depois.
Ponderou que estaria crescido, mas nem tanto que pudesse realmente ajudar
carregando a priminha no colo e cuidar dela. Perguntou à mãe como ia ser?
Existencialmente preocupado com o devir, deu de acordar de madrugada com
perguntas e mais perguntas, de como iam manter a criancinha limpa, ou será que
a tia estava preparada para amamentar? Ou perguntava sobre fraldas, se iam
deixar ela muito tempo molhada... que isto podia deixar o bumbum assado...
Todas as questões respondidas,
cuidadosamente, provocavam mil outras perguntas. Por último se saiu com um “Eu acho que
preciso me mudar para a casa do Tio para
cuidar deles todos, assim vou ter certeza que tudo vai ficar bem”.
E se acalmou no alto dos seus 6 anos
de vida.
[Maria Lúcia
Futuro Mühlbauer publica no Rua Balsa das 10 às 2das-feiras]
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