22 setembro 2020

NA CLAREIRA


 Maria Amélia Mano

O favo do dia escorre entre os dedos 

Mel de flores nascidas na clareira

Entre pedras que espreitam, enfeitam

Segredam a força das nossas histórias

Essas que assobiam nas fendas tantas

Essas que assustam poetas solitários 

Essas que cantam saudades imensas

De quando estávamos todos juntos

E nem sabíamos da imensa alegria de só estar



O vento varre o ventre da lua de setembro

Alegria teimosa ressuscita na clareira

Entre ecos de cantos de pássaros 

Sussurram a força das nossas memórias

Essas que partilhamos nas fogueiras

Essas que dançam no aroma da noite azul 

Essas que viram sagradas conversas 

De quando estávamos todos juntos

E nem sabíamos da imensa alegria de só estar


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