Entrando no supermercado, logo na porta, uma senhora com uma
criança no colo estendeu a mão e pediu ajuda. Do meu lado um senhor olhou com desprezo
e logo depois fez o seguinte comentário, virando o pescoço e claramente falando
comigo.
— Trabalhar essa gente não quer, não acha?
— O senhor tem emprego para dar a ela?
Foi exatamente o que perguntei. O homem, sem esperar a minha
reação, simplesmente disse:
— Não.
Mesmo assim, tentou argumentar, mas eu, que não gosto de dar
confiança para estranhos, já fui logo cortando:
— Se o senhor não tem como dar emprego a ela, não quero ouvir
sua opinião, guarde para si mesmo.
E segui meu caminho.
[Ernande Valentin
do Prado escreve no Rua Balsa das 10 às 6ª Feiras]
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