O céu de João Pessoa. Ernande, 2015 |
Ernande Valentin do Prado
Aquela noite
fizemos amor até a madrugada,
você se entregou como uma afogada em busca do ar.
Quando, exaustos,
jogados cada um num canto,
você virou a cabeça, com os olhos mais tristes do
mundo
Os lábios
feridos, trêmulos, hesitantes, abriram-se
Então, sem mais nem menos, olhando nos meus olhos,
disse:
Eu não te amo mais.
[Ernande Valentin do Prado publica na Rua Balsa das 10
às 6tas-feiras]