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09 novembro 2016

Vácuo

Dissecando.


Acordo de sobressalto. Passaram-se horas. Olho o celular, corro o dedo pela tela. Resposta urgentes (ou não). "Você está chateado?". "Um pouco". "Porque?". "Pelo vácuo". Vácuo cibernético. Vácuo de quem conecta-se desconectando. Estou em dúvida: devo ler ou fazer o almoço? Ou escrever? Ou estudar? Ou responder os e-mails? Decidi por ler. Por Twitar, por gritar, Trump eleito, desassossego caos, a poesia diz "trocando minha pura indiscrição pela tua história bem datada". Apreensões, e a chuva que me faz colher a roupa do varal. Respiro sentada no sofá, sentada na cozinha, sentada na vida. Olho esse ritmo frenético em todas as janelas dos outros apartamento, vejo-me em cada vidro de cada janela. Em cada vácuo. E recomeço a correr. 

Mayara Floss

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