24 outubro 2013

A Dias D'Ávila (3): o sopro do amor tem jeito de mato



No calor da tarde que invade os corpos sorridentes e tranquilos 
O Amor é Sopro

Destinamos um lugar para o acalanto e para o mergulho
Dentro dentro de nós mesmos

O Sopro é inusitado milagre no meio do mundo
Na intensidade de argila e lama e verde da Bahia

Calor e humidade são bênçãos 

Simples, como os pulos dentro do ônibus, como a forma rotunda da feijoada
Que nos espera no fim dos caminhos
Na volta do rio e das águas calmas 


Somos feitos de pequenas filosofias da amizade ao redor de espuma e âmbar
 
Preciosas porque pequenas 
Nunca explicadas mas somente sentidas

O Amor é Sopro
E vem da Mulher, do mato, do segredo do tempo que esticamos
Sempre no sagrado - do instante
após o instante. 

O Sopro do Amor vem do corpo que nasce
Quando o sol nos abandona
Discreto




2 comentários:

  1. Fiquei curiosa e comecei a folhear as páginas. Encontrei muita beleza e essa poesia cuja sensibilidade transcende o óbvio conhecido e infinitamente repetido do que tenho lido. Gratidão Julio por mais esse presente para o mundo.

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  2. Carla, o Julio, consegue transformar o corriqueiro em evento extraordinário em suas poesias. Eu também fiquei muito grato ao ler essa poesia.

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