No calor da tarde que invade os corpos sorridentes e tranquilos
O Amor é Sopro
Destinamos um lugar para o acalanto e para o mergulho
Dentro dentro de nós mesmos
O Sopro é inusitado milagre no meio do mundo
Na intensidade de argila e lama e verde da Bahia
Calor e humidade são bênçãos
Simples, como os pulos dentro do ônibus, como a forma rotunda da feijoada
Que nos espera no fim dos caminhos
Na volta do rio e das águas calmas
Somos feitos de pequenas filosofias da amizade ao redor de espuma e âmbar
Preciosas porque pequenas
Nunca explicadas mas somente sentidas
O Amor é Sopro
E vem da Mulher, do mato, do segredo do tempo que esticamos
Sempre no sagrado - do instante
após o instante.
O Sopro do Amor vem do corpo que nasce
Quando o sol nos abandona
Discreto
Fiquei curiosa e comecei a folhear as páginas. Encontrei muita beleza e essa poesia cuja sensibilidade transcende o óbvio conhecido e infinitamente repetido do que tenho lido. Gratidão Julio por mais esse presente para o mundo.
ResponderExcluirCarla, o Julio, consegue transformar o corriqueiro em evento extraordinário em suas poesias. Eu também fiquei muito grato ao ler essa poesia.
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