Foto: Art veins
‘Quando se trata de uma visita ao médico, o paciente tem uma média de 23 segundos para informar suas preocupações antes do médico interromper. No geral, apenas 28% dos médicos conhecem o espectro completo de preocupações de seus pacientes antes de começar a se concentrar em uma preocupação particular e, uma vez focada a conversa, a probabilidade de retornar a outras preocupações é de apenas 8%.” (Marvel et al. 1999)[1]
E quando não interrompemos a
fala, mas interrompemos o silêncio?
O médico perguntou:
- Como você está?
Passaram-se trinta, quarenta,
quase um minuto enquanto a paciente muito idosa mexia na manga do casaco, sem
parecer entender, alheia a consulta, após a filha ter saído para buscar um
exame, até que muito vagarosamente ela levanta os olhos e encara o médico.
- Eu sinto uma agonia por dentro.
Abraços que pousam,
Mayara Floss
[1] Marvel MK, Epstein RM, Flowers K,
Beckman HB. Soliciting the patient's agenda: have we improved? JAMA.
1999;281:283–287.