Bloc de Educação Popular em Saúde com foco em crônicas, contos e poesias. Reflete o dia a dia de trabalhadores do Sistema Único de Saúde e Saúde Pública e Coletiva. (cotidiano, saúdes, vidas, poéticas, sensibilidades, ternuras, raivas, gritos)
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21 abril 2013
Da origem deste desejo....
Rua Balsa das 10 é um desejo. Ele nasce depois de perplexidades, desencantos, dores, etc. Mas principalmente nasce depois de gravidez amorosa de meses, de conversar, de intuir, de dizer: é possível outro caminho que não seja esse do poder e das grandiosidades vaidosas e destruidoras!
O nome, corriqueiro e misterioso, é homenagem ao querido Luan, menino de Santos, sensível e curioso, que corre contra o vento, na vagarosidade das certezas que virão - a da próxima balsa. Nele, nesse nome névoa, vento sul, agradecemos a sorte de termo-nos juntado, como uma balsa que encosta em outra, nesses dias de grandeza do ínfimo, em Rio Grande e Pelotas.
A ideia de fazermos empreendimentos outros, com pouco dinheiro, sem a prepotência de quem fala pelos outros, na discrição de escutas e olhares atentos e amorosos, no "viver real das pessoas", na "amorosidade contra o que?", nas incertezas gostosas que a surpresa do dia depara - e prepara, distraída.... essa ideia nos ronda, nos urge, nos diz: quebra logo essa lógica do óbvio, essa burrice da mesmice, esse assassinato lento das ideias e dos termos e conceitos tão cuidadosamente gestados e lançados ao mundo décadas atrás.
A questão será ser claros sem ser claros. Não doutrinar. Rir dos totens e das unanimidades. Fazer gozação daquele que sente-se superior, dos que por baixo dos panos cozinham um paraíso deles.
Sentir o vento sul da Balsa das 10 atravesando a laguna dos Patos.
Aonde irá nos levar? o que iremos deixar? que alegrias trará? que tempo de viver terá? quais filhos irão mesmo crescer? sei lá.
Como mergulhados no mundo da saúde que somos - todos, administradores, mentores, autores, produtores, sonhadores... nossas metáforas e chavões irão nos invadir em sonhos e em vigílias. Iremos sim, no romper das cascas, azeitar as ferrugens, mexer com mindinho o timão da balsa, deixar estas postagens destinadas.
Por trás das casas da Barra, onde o gelo espiona as ondas, e o lixo mistura com flores do Sul... lá se caça a imagem, o som da palavra e da cantoria (milongas), a batida cardíaca dos poemas metafísicos e solitários.
A Rua da Balsa das 10 está atravesando.
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