“Essas feridas da vida
Amarga vida”
Com 12 anos, não tinha carinho do pai e mãe
Não podia,
Quando tinha 18 anos apanhava ainda
Ela surrava bastante até com vara de espinho
Surrou tanto minha irmã que ela se mijou tudo
Se fazia uma coisinha errada
Tinha que fazer todo o serviço de novo
Eu não tenho amor pela minha mãe, ela tinha ódio.
Quando vinha visita eles sentavam na mesa primeiro,
e nós sentava depois para comer, se sobrava
Hoje nenhum dos irmãos quer ir numa festa
Porque de solteiro nós não podia sair
Ela chamava nós uma vez, se chamava na segunda já era para apanhar
Eu quero dar pros meus filhos o que eu não tive da minha mãe
Um dia eu tinha que cuidar dos pias,
Pias aprontam, são safados, você sabe
Um dia meu irmão fugiu com eles para roubar melão
Bati no meu irmão com pedaço de pau
Ele ficou com os hematomas e ganhou febre
(suspiro)
Nunca vou esquecer
Até hoje me arrependo
Nunca mais bati em nada nem ninguém.
- E a sua família como é?
Ah a gente se ama muito, amo muito meus filhos
Não posso me queixar.
Abraços que pousam,
Mayara Floss