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27 dezembro 2017

Feridas



“Essas feridas da vida
Amarga vida”

A família era grande e pobre, nós eramos em dez criança, meus pais adotaram dois que os pais tinham se matado.
Com 12 anos, não tinha carinho do pai e mãe
Não podia,
Quando tinha 18 anos apanhava ainda

Ela surrava bastante até com vara de espinho
Surrou tanto minha irmã que ela se mijou tudo
Se fazia uma coisinha errada
Tinha que fazer todo o serviço de novo

Eu não tenho amor pela minha mãe, ela tinha ódio.
Quando vinha visita eles sentavam na mesa primeiro,
e nós sentava depois para comer, se sobrava

Hoje nenhum dos irmãos quer ir numa festa
Porque de solteiro nós não podia sair
Ela chamava nós uma vez, se chamava na segunda já era para apanhar

Eu quero dar pros meus filhos o que eu não tive da minha mãe
Um dia eu tinha que cuidar dos pias,
Pias aprontam, são safados, você sabe
Um dia meu irmão fugiu com eles para roubar melão
Bati no meu irmão com pedaço de pau
Ele ficou com os hematomas e ganhou febre

(suspiro)

Nunca vou esquecer
Até hoje me arrependo
Nunca mais bati em nada nem ninguém.

- E a sua família como é?

Ah a gente se ama muito, amo muito meus filhos
Não posso me queixar.

Abraços que pousam,
Mayara Floss

21 julho 2017

A MENTIRA ME INTERESSA CADA VEZ MAIS

Imagem capturada na internet, 2017.
Ernande Valentin do Prado

I

Eu pedi uma cerveja
dessas puro malte
amarga

Ela bebeu
sorriu
fingiu gostar

Só pra me agradar

II

No jantar
peixe assado
uma delícia

Ela abriu um vinho branco
na temperatura certa
Combina com o peixe (disse ela)

Fingi gostar (só para agradá-la)

III

A classe média
em nome da moral
da honestidade

bateram panelas
marcharam pelas ruas e avenidas
pedindo justiça

não consegui fingir acreditar

[Ernande Valentin do Prado publica no Rua Balsa das 10 às 6tas-feiras]

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