![]() |
1º Conferência Mundial Comunitária de Medicina de Família e Comunidade - um espaço que talvez um dia vire realidade... |
Esse texto vai destoar um pouco dos outros. Mas queria de alguma forma exteriorizar um pouco desse espaço que venho sonhando. Queria que meu próximo congresso de medicina de família e comunidade fosse em família e comunidade. Melhor, se o congresso fosse de medicina rural queria que o congresso fosse na zona rural em parceria com a comunidade em um desses galpões do interior. Queria que fosse no meio com a participação popular. As palestras seriam mistas ora comunidade, ora meio acadêmico.
Esse congresso teria uma programação variada e a hospedagem seria na casa das pessoas da comunidade. Vamos discutir medicina de família e comunidade na comunidade, em comunidade. Reverter os lucros e gastos com a comunidade. A alimentação seria feita nos CTGs (Centro de Tradições Gaúcha, no sul), ou nos centros comunitários de cada cultura seria mãos juntas e não hotel chique em um mar de desigualdades. Não é sonho louco (só um pouco), mas uma boa logística, integração, segurança e liderança podem mudar a perspectiva.
O movimento disso tudo seria integrar os diferentes meios. Dividir um pouco desses conhecimento, abrir outros diálogos. Nesse meu sonho vejo as artesãs discutindo saúde com médicos e gestores. Seria vivenciar e não passar por congressos. Seria mudar perspectivas, imagina a ideia pelo mundo? Eu não conheceria a Índia eu viveria a realidade daquela comunidade, ou na China, ou qualquer lugar do mundo (claro que seria pontualmente, só um pouquinho, mas seria). Queria que no domingo quando o congresso terminasse as pessoas fossem para suas casas não só cheias de ideias, mas diferentes. Conhecimento diferentes, gente sabida (como diz o Eymard) e sabedorias.
Esse congresso teria uma programação variada e a hospedagem seria na casa das pessoas da comunidade. Vamos discutir medicina de família e comunidade na comunidade, em comunidade. Reverter os lucros e gastos com a comunidade. A alimentação seria feita nos CTGs (Centro de Tradições Gaúcha, no sul), ou nos centros comunitários de cada cultura seria mãos juntas e não hotel chique em um mar de desigualdades. Não é sonho louco (só um pouco), mas uma boa logística, integração, segurança e liderança podem mudar a perspectiva.
O movimento disso tudo seria integrar os diferentes meios. Dividir um pouco desses conhecimento, abrir outros diálogos. Nesse meu sonho vejo as artesãs discutindo saúde com médicos e gestores. Seria vivenciar e não passar por congressos. Seria mudar perspectivas, imagina a ideia pelo mundo? Eu não conheceria a Índia eu viveria a realidade daquela comunidade, ou na China, ou qualquer lugar do mundo (claro que seria pontualmente, só um pouquinho, mas seria). Queria que no domingo quando o congresso terminasse as pessoas fossem para suas casas não só cheias de ideias, mas diferentes. Conhecimento diferentes, gente sabida (como diz o Eymard) e sabedorias.
1º Congresso Comunitário do Morro! |
Imagino a chamada: venha conhecer Caratinga (em homenagem ao amigo Igor), venha conhecer a pequena praça central da cidade com menos de 100.000 habitantes, no interior do Estado de Minas Gerais. Só chegar lá já seria parte do aprendizado. Nem toda a população está nas grandes cidades, nos grandes centros. Ou "Congresso de Medicina de Família e Comunidade do morro da Maria Degolada" em Porto Alegre. O coffe break poderia ser feito no bar local, seria a comida da comunidade. Quem sabe poderíamos ter uma experiência de como é o trabalho rural em uma determinada região, uma palestra fundamental dada pelo agricultor local.
1º Conferência Mundial Comunitária de Medicina de Família e Comunidade - Caratinga/MG |
Poderia ainda ter roda de benzedeiras e curandeiros locais. E uma vasta programação discutindo saúde e vida em saúde. Essas são as ideias dos congressos que quero ainda ver. Que apesar de sonho parecem mais realidade do que os que tenho participado.
Voam abraços,
Mayara Floss