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16 maio 2018

Acesso


"Nós gastemo três safras no médico particular."

- Das dificuldades do dia-a-dia.

Abraços que pousam,
Mayara Floss

13 setembro 2017

Raízes

Imagem retirada da internet. 

Nas conversas no interior de Pinhalzinho meus primos e tios riram lembrando de uma história de quando era pequena, ali pelos dez anos . Minha tia me mandou dar comida para o porco, um balde cheio de soro de leite que tinha sobrado do cuidado com o leite naquela manhã depois de eu ter participado da ordenha das vacas, num daqueles chiqueiros arranjados em cima do açude, tinha uma trilha estreita de diferentes tipos de madeira (recicladas de outras  construções), algumas pintadas de azul descascado, outras sem pintura, o açude me olhava enquanto equilibrava um balde bem grande que certamente para o meu tamanho eu podia quase caber dentro. 

Eu puxando com as duas mãos consegui levar o balde até à frente da porta do chiqueiro. O porco já começou a fungar de animação e eu pensando em algo como os desenhos animados da época "Cocoricó", sem entender que aquele porco estaria no prato depois. Enfim, olhei para o porco sem maldade e como não conseguia elevar o balde acima da minha altura para jogar no cocho, decidi que seria uma boa ideia abrir a porta do chiqueiro. 

Acabamos eu, o soro de leite e o porco no açude. Minha prima, da mesma idade que eu, confessou aos risos que jogava metade do soro de leite fora antes de dar para o porco para conseguir levantar o balde e dar ao porco. 

Eu e o porco fomos socorridos por meu tio  no meio do açude.

Abraços que pousam,
Mayara Floss

23 agosto 2017

Fábio



Cuidar dos pacientes no interior foi minha forma de voltar para a terra. Eu plantava fumo e hoje tento fazer os pacientes pararem de fumar.

Barão, jul/17

Abraços que pousam,
Mayara Floss

30 novembro 2016

Mau espírito


(da Série Quintinhas)

Esses fantasmas
que vem me assombrar
apenas à noite,
entram pelos
bu-ra-qui-nhos,
pelo canto lá, bem lá
em cima no teto
do quarto de madeira.
Dôtora o que
faço para
mau espírito?

Mayara Floss

14 setembro 2016

Quintinhas

Poesia da van

Causo engraçado de estar à caminho do meu estágio na zona rural e o motorista da van me desafiar a escrever um poema por dia, já que - após encontrar um livro de poesias na van comecei a lê-lo - gostava tanto de poesia. Então começou um desafio instigante de após cada dia de trabalho escrever um poema e recitá-lo no caminho de volta para casa. Pensei nas "Quintanares" do Mario Quintana, porque a Unidade Básica de Saúde é localizada na "Quintinha", então ao longo dos próximos dias irei postar as "quintinhas". Seguem alguns aqui!



Onde não tem asfalto

Primeiro poema

O Luís me desafiou
- Um poema por dia -
Ele falou
A estrada é sem asfalto
Sem calçada
Sem urbanidade
Mas a porta está sempre
aberta
Tudo muito acolhedor
Entra alo
Criança, idoso,
mordidade de cachorro
homem, gestante, Mulher
a família inteira...
Tudo assim:
junto-e-misturado
como me falou uma paciente

01/09/16

Visita domiciliar

Poeminha de Sexta

Balanço da semana
Mapas, casas,
Famílias, chuvas,
Varais de roupa,
Grampos, trabalho,
plantas, hortas,
laranjas, chão, terra,
asfalto, acolhimento,
histórias da van,
do refeitório, do estetoscópio
Cercas, espaços, comunidade
A vida que todos ensinam
e que todos aprendem...

02/09/16


Em breve mais!
Abraços que pousam,
Mayara Floss

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