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15 junho 2016

Sabedorias

 
Pequeno estabelecimento de chás no Centro de Rio Grande
 
Uma mulher negra, mãe de santo levantou o dedo e explicou:
- existem dois tipos de doença: a do espírito e a do material. - suspirou e seguiu com veemência -
Qualquer doença sempre começa no espírito e depois vira doença de médico no material - e seguiu com força - daí vira câncer, dor de garganta ou o que for, mas eu trato o espírito

Voam abraços,
Mayara Floss

20 janeiro 2016

Alice

O gato de Alice - João Pessoa

Alice:
- Qual a cor dos seus olhos?
Mayara:
- Não sei, você que me diz, que cor você acha que é?
Alice:
- Hmmm... Deixa eu ver. Ao redor seu olho é escuro, tem uns riscos de verde bem clarinho, e azul no fundo, tem um pouco de amarelo e no meio tem uma bola preta.
Mayara:
- Então, no fim das contas, que cor é?
Alice:
- Cinza.

Voam abraços,
Mayara Floss

11 novembro 2015

Doutora, qual é o meu problema?




Exposição "Limites" sobre os plantões médicos da Leticia Ruiz Rivera. Veja mais clicando aqui.


Paciente com história de insônia, despertares noturnos, perda do apetite, perda de peso acentuada nos últimos meses, isolamento social, utilização de múltiplas drogas, agitação, rebaixamento do sensório, realização de diversos exames, astenia, adinamia, realização de diversos procedimentos, dor epigástrica, em queimação, consumo em excesso de bebida cafeinadas em excesso, desidratação...
Depois de coletar a história e fazer o exame físico o paciente pergunta com a voz rasgada:

Doutora, o qual é o meu problema?

É medicina, filho, é a medicina.

Voam abraços,
Mayara Floss

25 abril 2014

ADALTO MORREU

                                                                                                                                                             Ernande Valentin do Prado

Adalto morreu.
Alguém poderá dizer, e daí, “tudo que vive morre”. Qual a novidade em uma morte?
Era sexta-feira, nem mais nem menos especial que qualquer outra. Mais um dia de oxalá no tempo infinito. Sexta ensolarada, carros fazendo barulho e soltando gás carbônico nas ruas e nos pulmões alheios.
Assim sem esperar, sem preparo nenhum, sem a visita de uma moça sexy com a foice na mão, sem fazer a retrospectiva de sua vida em milésimos de segundo. Adalto morreu. Estava parado na calçada e um caminhão sem freio carregado de restos de campanha eleitoral o pegou.
Adalto não teve tempo de acertar as contas com seu passado, reconciliar-se com o filho mais velho com quem se desentendeu no natal de 1994. Nem de pagar sua conta no bar do Zé Trindade. Simplesmente... Adalto morreu.


[Ernande Valentin do Prado publica na Rua Balsa das 10 às 6tas-feiras]

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